LUGAR DE MEMÓRIA
Um lugar de memória é a territorialidade de um olhar para a urbe, um dialogar com suas ruas, no livro de MARIA DO SOCORRO RICARDO "Diálogos com Santana iconográfica de Zabé Brincão aos nossos dias - História do Tempo Presente
"Santana do Ipanema vem sendo modificada, sua vida de cidade sofre ameaças porque o que teve não tem mais. O que houve com os valores simbólicos santanenses? Santana do Ipanema contemporânea perdera a oportunidade em dialogar com esta outra Santana do Ipanema iconográfica e textualizada" (MARIA DO SOCORRO RICARDO, "Diálogos com SANTANA ICONOGRÁFICA de Zabé Brincão aos nossos dias", Florianópolis, 2008).
Não é de Sto. Agostinho que a sede da alma é a memória? Na estreia com o livro "José Ricardo Sobrinho: um mágico da música", que, segundo o jornalista Agamenon Magalhães Jr., lembra o jeito de escrever de uma Raquel de Queiroz. Agora em "Diálogos com Santana iconográfica de Zabé Brincão aos nossos dias", a escritora Maria do Socorro Ricardo tem a preocupação literária em sua escritura de tratar de temas como a memória e a História. Um olhar sobre a cidade de seu tempo. Aliás, a memória – lembra Annateresa Fabris – é a vida em evolução permanente, aberta à dialética da recordação e da amnésia, suscetível de longas latências e de súbitas revitalizações. A História é a reconstrução problemática e incompleta do que não existe mais, é uma representação do passado.
"Inúmeras são as histórias na cidade. Parecem tão atrasados os livros de História adotados no ensino básico – não seria exagero acusar também os livros universitários. A História difere tanto para quem é testemunha ocular da História. Testemunhei a minha cidade vir a ser o que é. Conheci as suas pessoas, as suas histórias. Poderia realizar as minhas incursões em muitas pequenas histórias que fazem a macro-história de minha terra". (MARIA DO SOCORRO RICARDO, "Diálogos com SANTANA ICONOGRÁFICA de Zabé Brincão aos nossos dias", Florianópolis, 2008).